Conferencia sobre Aldeia do Bispo e região do Sabugal em Paris – 2017 A associação Raiar, relizou no dia 14 de Maio de 2007, nas instalações do Centro Cultural da Fundação Calouste Gulbenkian de Paris uma conferência subordinada ao tema :
“Aldeia do Bispo, aldeia de Riba Côa, tradições, paisagens, fauna e flora”.
A palestra foi animada por Manuel Luis Gonçalves e contou com uma intervenção de François Cadiou, professor na universidade de Bordéus, sobre os habitantes desta região no periodo pré-romano.
Além dos raianos que vieram aprofundar os seus conhecimentos históricos, a assistência era composta maioritáriamente por um publico de origem portuguesa e francesa curioso em conhecer as especificiades que nos caracterizam.
Os diferentes temas abordados permitiram uma apresentação do concelho de Sabugal nas suas componentes históricas, culturais e paisagisticas e tiveram como fio condutor o rio Côa. Foram apresentados alguns momentos do filme “Côa, rivière aux mille gravures” recentemente divulgado em França.
Paralelamente à conferência, estiveram expostos os livros editados sobre a região e foi também realizada uma exposição de fotografias consagradas aos trabalhos do campo (lavras, malha), às festas locais (Na sra dos Milagres e capeia) assim como ao património construido (sepulturas antropomór-ficas, choços e moinhos).
Verdadeira viagem no tempo, foi-nos dado assistir à evolução desta região desde os tempos mais remotos, com os primeiros habitantes de que há noticia, os vetões lanciences, até aos nossos dias. Acção meritória contribuindo para uma tomada de consciencia destinada a valorisar e preservar as tradições assim como o património natural.
Longe das regiões do turismo de massa, a raia do Sabugal possui uma beleza natural que faz a admiração de todos daqueles que nos que se aventuram por estas paragens. Aos visitantes portugueses, foi distribuido o testemunho de uma destas visitas à raia e às suas capeias, escrito em 2006 por Sérgio Paulo Silva e intitulado “Já caiu o pó sobre as giestas” (“… eu que nasci tão pertinho do mar (…) fui sensível a outras paisagens, (…) sobretudo as da raia do Sabugal onde me sinto feliz, para onde retorno sempre que posso, para lavar a alma ou por coisa nenhuma”). |
